top of page

NEUROINFLAMAÇÃO - SUPLEMENTOS

  • Foto do escritor: Berenice Cunha Wilke
    Berenice Cunha Wilke
  • 30 de mai.
  • 4 min de leitura

A neuroinflamação é um fator de risco bem estabelecido para diversos distúrbios psiquiátricos, neurológicos e do declínio cognitivo. Ela vem sendo associada a diversas doenças neuropsiquiátricas como autismo, TDHA, depressão, ansiedade, demências e doença de Parkinson, entre outras.


A neuroinflamação contribui para o início e a progressão da maioria, se não de todos, os distúrbios neurológicos. O controle da neuroinflamação auxilia na:

  • Redução da velocidade de progressão das doenças como Alzheimer, Parkinson e diversas demências;

  • Melhora cognitiva;

  • Melhora dos quadros psiquiátricos como depressão e ansiedade;

  • Redução dos sintomas do autismo e TDHA;

  • Diminuição das estereotipias e comportamentos repetitivos;

  • Permite uma resposta melhora aos medicamentos quando necessário.


A inflamação cerebral em grande parte das vezes, se origina nos desequilíbrios da microbiota intestinal e nas alterações da permeabilidade intestinal. A melhora da microbiota intestinal está associada a alimentação saudável rica em fibras. Probióticos, prebióticos e pós bióticos e, o uso de nutrientes anti-inflamatórios e antioxidantes, também podem auxiliar no controle da neuroinflamação.


A neuroinflamação causa disfunção mitocondrial, o que causa diminuição da energia (ATP) produzida nas mitocôndrias do cérebro, agravando os distúrbios neuropsiquiátricos. Essa deficiência de ATP também causa diminuição da sirtuina 1 (SIRT1), que quando diminuída está associada ao envelhecimento acelerado, diminuição da longevidade e perda cognitiva.

Outra causa importante da neuroinflamação são os distúrbios da homocisteína.


A neuroinflamação pode ser combatida com mudanças do estilo de vida que incluem alimentação saudável, sono adequado, atividade física e gerenciamento do estresse.

Alguns suplementos podem auxiliar na modulação da inflamação cerebral


  • Cúrcuma - inúmeros estudos vêm sendo realizados com a utilização da cúrcuma de alta biodisponibilidade. A cúrcuma é um fitoterápico normalmente de baixa biodisponibilidade cerebral, atualmente, graças a tecnologia podemos encontrar cúrcumas que conseguem ultrapassar a barreira hematoencefálica, contribuindo para diminuir a neuro inflamação:

    • CurQfen alta biodisponibilidade, mantém níveis cerebrais por 8 horas.


  • Resveratrol - ativa a sirtuina 1 que tem um grande papel na melhora da disfunção mitocondrial, auxiliando na melhora da produção de energia cerebral. A grande questão no caso do resveratrol também é a biodisponibilidade para atingir o cérebro.

    • ResviTech - além de ter uma absorção intestinal aumentada em 10 vezes, o resvitec tem alta biodisponibilidade cerebral.

  • Sulforafano - encontrado no brócolis, repolho, couve flor, couve de bruxelas e broto de brócolis. Inúmeros estudos mostram o papel do sulfarofano na melhora dos processos inflamatórios cerebrais.

    • Brocophanus - extrato padronizado de sulforafano de alta biodisponibilidade.

  • Quercetina - é um flavonoide, um pigmento vegetal presente em muitas frutas, vegetais e grãos. A quercetina tem sido estudada por seus potenciais benefícios à saúde, incluindo suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e anticancerígenas. A quercetina também pode ter um impacto positivo na função imunológica e nos sintomas de alergia. Além disso, demonstrou-se que a quercetina possui propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras, podendo ativar a proteína quinase ativada por AMP (AMPK), um sensor de energia celular que modula a inflamação e o estresse oxidativo. A biodisponibilidade cerebral é um fator muito importante na eficácia do tratamento.

    • Querceteam phytossome - biodisponibilidade 20 vezes maior que a da quercetina tradicional.

  • Berberina (Berberis aristata) - além de melhorar a microbiota intestinal tem também ação anti-inflamatória e antioxidante cerebral comprovada por diversos estudos científicos.

    • Bioberon - biodisponibilidade 10 vezes maior que a berberina tradicional.

  • Canabidiol (CBD) - um dos grandes papeis do canabidiol é modular a inflamação cerebral. O CBD não é psicoativo e sua natureza lipofílica permite sua rápida distribuição por todo o corpo, incluindo através da barreira hematoencefálica (BHE). O CBD também possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e neuroprotetoras.


  • NAC - além de ser anti-inflamatório é considerado um dos maiores antioxidantes cerebrais. Ele protege as mitocôndrias diminuindo a disfunção mitocondrial.

  • Vitaminas - vitamina C, vitamina D3, Vitamina E, tocotrienol


  • Diminuição da homocisteina - nesse caso precisamos compreender qual via metabólica motivou o aumento da homocisteína, para escolhermos quais dos ativos abaixo podem contribuir para sua normalização:

    • Ácido fólico, metil folato ou ácido folínico

    • Vitamina B12

    • Vitamina B6

    • Betaína Anidra Trimetilglicina (TMG)

  • Cuidados com a microbiota intestinal e permeabilidade intestinal - os estudos mostram que as alterações da permeabilidade intestinal permitem que substâncias tóxicas e inflamatórias atinjam o cérebro. Além de retirar da alimentação os fatores como alergias e intolerâncias alimentares, agrotóxicos, corantes, aditivos alimentares que possam estar contribuindo para as alterações da mucosa intestinal, os suplementos abaixo, de acordo com a necessidade de cada pessoa, podem ajudar:

    • Fibras como FOS e Fibregum

    • Zinco e glutamina

    • BioMamps

    • Lactobacillus


Os suplementos desempenham um papel crucial na melhora da neuroinflamação cerebral, ajudando a equilibrar a resposta inflamatória e promovendo a redução da neuroinflamação





Sou Dra. Berenice Cunha Wilke, médica formada pela UNIFESP em 1981, com residência em Pediatria na UNICAMP. Obtive mestrado e doutorado em Nutrição Humana na Université de Nancy I, França, e sou especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira. Também tenho expertise em Medicina Tradicional Chinesa e uma Certificação Internacional em Endocannabinoid Medicine. Lecionei em universidades brasileiras e portuguesas, e atualmente atendo em meu consultório, oferecendo minha vasta experiência em medicina, nutrição e medicina tradicional chinesa aos pacientes.

Para saber mais:

Yang J, Liang J, Hu N, He N, Liu B, Liu G, Qin Y.CNS Neurosci Ther. 2024 Oct;30(10):e70091


Cerullo M, Armeli F, Mengoni B, Menin M, Crudeli ML, Businaro R.Nutrients. 2025 Apr 24;17(9):1430.


Perales-Salinas V, Purushotham SS, Buskila Y.Neurochem Int. 2024 Sep;178:105790.


Usui N, Kobayashi H, Shimada S.Int J Mol Sci. 2023 Mar 13;24(6):5487.


Chiang MC, Tsai TY, Wang CJ.Int J Mol Sci. 2023 Mar 28;24(7):6328.

Comments


bottom of page